Agora vai!
Semo bem loco, loco de bueno
Mas temo veneno na folha da faca
Quando o sangue ferve viremo a cabeça
Por Deus, paysano!Vamo lá, Marcelo véio
Atraca a guitarrera
Não afroxemo nem os lançante
Pois semo loco de dá com um pauCruzemo a nado se o rio não dá vau
Neste mundo véio flor de cabuloso
E o mala bruja quando esconde o toso
Nós esporiamo bem no sangradorEm rancho de China, se campiamo amor
Entremo sem sono e garantimo o poso
Em rancho de China, se campiamo amor
Entremo sem sono e garantimo o posoSemo medonho no cabo da dança
Gostemo mesmo é do bochincho grosso
Que é pra sair tramando o pescoço
Ao trote largo nalguma rancheira
E bem campante, levantando poeiraCoisa gaúcha, vício de campanha
Limpemo a goela num trago de canha
Pois semo loco de lá da fronteira
Semo' bem loco, loco de bueno
Mas temo veneno na folha da facaQuando o sangue ferve viremo a cabeça
Por Deus, paysano!
Ninguém atacaSemo' bem loco, loco de bueno
Mas temo veneno na folha da faca
Quando o sangue ferve viremo a cabeça
Por Deus, paysano!
Ninguém atacaNós semo loco de lá da fronteira
De raça tranquila, mas de pouca cincha!
E de vereda quando o lombo incha
Saiam de perto, que a xucreza é tantaCremo em percanta que seja percanta
Apartemo os maula pra outra invernada
E a nossa bebida mais sofisticada
É canha gelada, num samba com Fanta
E a nossa bebida mais sofisticada
É canha gelada, num samba com FantaNós semo loco, mas não semo bobo
Semo parceiro de quem é parceiro
Nas horas brabas e no entrevero
Nunca dexamo um amigo solitoPode ser feio, pode ser bonito
Mas é nosso jeito de levar a vida
Por ser de campo e de gostar da lida
É que volta e meia nós preguemo o gritoSemo bem loco, loco de bueno
Mas temo veneno na folha da faca
Quando o sangue ferve viremo a cabeça
Por Deus, paysano!
Ninguém atacaSemo, semo bem loco, loco de bueno
Mas temo veneno na folha da faca
Quando o sangue ferve viremo a cabeça
Por Deus, paysano!
Ninguém ataca
Composição: Anomar Danubio Vieira / Rogério Melo.
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