A deusa da minha rua tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos eu suponho
Que o sol num dourado sonho
Vai claridade buscar. Minha rua é sem graça mas quando por ela passa
Seu vulto que me seduz
A ruazinha modesta é um paisagem de festa
É uma cascata de luz. Na rua uma poça d'água
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu para o chão
Tal qual o chão da minha vida
A minh'alma comovida
O meu pobre coração. Infeliz da minha mágoa
Meus olhos são poças d'água
Sonhando com seu olhar
Ela é tão rica e eu tão pobre
Eu sou plebeu e ela é nobre
Não vale a pena sonhar.
Composição: Jorge Faraj / Newton Teixeira.
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