Perdido no tempo.
Ouvindo seu silêncio que me mata por dentro
E olhando aquela nossa velha mesa de centro
Que rangia quando a luz abandonava a sala
Rainha do espaço
Coração de ferro e os nervos de aço
E eu aqui descalço, tropeçando em cadarços.
Procurando as portas do meu labirintoE a gente já viu tanto
Bochechas rosadas e aos prantos
Garrafas de whisky na praia, constelações
Na noite gelada, pela brisa do mar
Palavras cruzadas, capital do Qatar
Só mais 4 letras e é difícil lembrar
Que a tinta na sua pele já apagou meu nomeFugindo aos berros
Sem fazer barulho desse meu cemitério
De amor e orgulho, confissão, caso sério.
Gritos e sussuros pela noite aforaE a gente viu de tudo
Da roupa rasgada ao veludo
Bonecos de cera, fantasmas, recordações, "Efeito Borboleta", "Poderoso Chefão"
Ciganas na rua lendo na sua mão
Que o futuro é longo e que nada é em vão
Revirando as cartas pra encontrar respostas
Composição: Thiago Niemeyer.
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