Calamidade, tu viu que diabo foi aquilo que passou
Cumpade, caiu pra lá do outro lado do rio
Minhas vacas entraram tudo no cioE a fumaça das abelhas de noite queimando a tcharaA água do poço tá salobra os peixe agora fala
O meu cavalo come e caga tanto que enche uma vala
Parece que o mundo todo ficou doido
E eu fiquei de cara pede pra parar só que não para nãoUm bicho verde me assustou quase tive um enfarte
Quando olhei para o pasto estavam por toda a parte
Minha espingarda carregada disse: Eu tô preparada
Vamo simbora receber o povo de MarteNariz de doze
Fala boca de tucunaré, boca de bote
Te levanta, narizinho de morotó
Tiro bufado pegue a de cano serrado que é melhor
Venta de jibóia
Boca de gigante, vá chamar beiço de bóia
Que tromba de elefante tá chegando
Tá na hora de cozinhar vamo comer de dois canosFoi só na lata beiçudo cuspindo fogo na mata
Devagar, cuidado com o gado pra não errar
Chegou a pouco de fora e não sabe nem as horas
Boca de abóbora, chame o caboclo que rouba o arCom um nariz desse tamanho tu erra o tiro
E o terremoto se a pólvora entrar e tu der um espirro
Mas se você boceja agora engole a Terra
É bem melhor que acaba a guerra
E os marcianos vão falar mais finoEi, de onde vieram esses muleque feio
Cabeça de abacate com os olhinhos de japonês e essas pistola
Isso é artefato de boiola, Acho que eu vou comer a bala
Ao mesmo tempo que o Digão solaNariz de doze
Fala boca de tucunaré, boca de bote
Te levanta, narizinho de morotó
Tiro bufado pegue a de cano serrado que é melhor
Venta de jibóia
Boca de gigante, vá chamar beiço de bóia
Que tromba de elefante tá chegando
Tá na hora de cozinhar vamo comer de dois canosNariz de doze
Boca de bote
Venta de jibóia
Nariz de doze
Boca de bote
Venta de jibóia
Composição: Rodolfo Abrantes.
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