Nos rincões da minha querência, arrabaleira conforme a vontade
Me serve um mate, pampa minha, nesta vidinha que me destes
Antes que embeste a novilhada pra o mundo alheio das porteiras
Saúdo a poeira destas crinas que me arrocinam sujeitandoE, da garupa do cavalo, faço um regalo à ventania
Que, na poesia destas léguas, tomo por rédeas e conselhos
Chamo no freio a coisa braba, o tempo é feio, mas que importa?
Quando se engorda na invernada, não falta nada
Pra quem baba de focinho levantado e mais curiosoA fim de ir pra estância do passo
Na direção de casa, costeando o arvoredo
O meu desespero porfia com a tropa
Fazendo o que gosta ao sul de mim mesmoE todo o bem que havia maneado ao destino
Divide caminho com a rês que amadrinha
O rio que eu não via, mimando de sede
A minha saudadeNa função dos meus afazeres, rememorados conforme a manada
Vou ressabiando afeito a fadiga as horas mingas de sossego
Talvez melhore durante a sesteada, sou por demais igual a campanha
Tamanha a alma de horizontes, ali, defronte aos cinamomosJá não habita a teimosia, atropelando o meu rodeio
Quando me aguento no forcejo pra erguer no laço os caídos
Não me lastimo, nem receio, vou pelo meio do sinuelo
Tocando manso os mais ariscos só pelo vício
De, por quartos, cuidar do gado, rondando o Baio que amanuceioA fim de ir pra estância do passo
Na direção de casa, costeando o arvoredo
O meu desespero porfia com a tropa
Fazendo o que gosta ao sul de mim mesmoE todo o bem que havia maneado ao destino
Divide caminho com a rês que amadrinha
O rio que eu não via, mimando de sede
A minha saudade, a nossa saudade, a nossa saudade

Composição: MAURO MORAES.

Sobre o Autor

Thiago Rosa
Thiago Rosa

Meu Nome é Thiago Rosa tenho 35 anos, residente em Itapeva - MG Sul de Minas e sou criador do site Chemical Music. Nosso site é voltado para todas as coisas relacionadas à música.

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