Quando esparramo meu laço
Calçando o zaino na espora
Num combate campo fora
Contra um boi mandando pata…
Quis a "mala suerte" ingrata
Que eu errasse aquele pealo
E que rodasse o cavalo
"Virge quase que me mata.Mas eu como sou vaqueano
Cruzei a perna ligeiro
Só escutei o "entrevero"
De pingo, terra e boléu…
Quando finco meu chapéu
Bem debochado na nuca
Nem diabo, nem arapuca,
Me "cambeiam" lá pra o céuChega, chega, pega, pega.
Que o zebu é caborteiro!
– Me entrincheirei nas macegas
Atiçando os ovelheiros -E não é que o boi me veio
"Causa" do pala encarnado
Trazia um cusco agarrado
Bem na junta do garrão…
Meu cachorro "Tradição"
Mordendo o tronco da "oreia"
Pressentindo a coisa feia
Virei o mango na mãoE aprumei o "pitangueira"
Bem no miolo do tirano
Nisso já vinha meu zaino
Me procurando no espaço…
Coisas da lida de laço
Pra quem anda de a cavalo
Se eu não derrubo de um pealo
Derrubo a cusco e mangaço.
Composição: Anomar D. Vieira / MAURO MORAES.
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