O destino quer que eu cante
E, a cantar, eu me concentro
A querência eu levo dentro
E o resto, eu toco por diantePodem me chamar de louco
Mas aprendi com os mais quebras
A não galopear nas pedras
Nem pelear por muito poucoA lição número um
Eu aprendi com meu pai
Quem não sabe pra onde vai
Não vai a lugar nenhumNunca refuguei bolada
Se me toca, me apresento
E tenho a crina esfiapada
De galopear contra o ventoDo meu manancial de penas
Quase todas se extraviaram
Umas, porque se agrandaram
Outras, por muito pequenasTive um antes e um depois
Quando me larguei a esmo
Decerto, por isso mesmo
Os meus destinos são doisDestinos de um índio incréu
Sobre um mesmo coração
Um que me prende no chão
Outro me puxa pra o céuPorém, o que me arrebata
É o destino de xirú
Em vez das pilchas de prata
As garras de couro cruO destino quer que eu cante
E, a cantar, eu me concentro
A querência, levo dentro
E o resto, eu toco por dianteO destino quer que eu cante
E, a cantar, eu me concentro
A querência eu levo dentro
E o resto, eu toco por diante
A querência eu levo dentro
E o resto, eu toco por diante
A querência eu levo dentro
E o resto, eu toco por diante
Composição: Jayme Caetano Braun / Luiz Marenco.
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