Me cansei de patacoadas
E fandango sem rodeios
Já ri de falsos campeiros
Que montão potro com freioChega de brutalidade
De rasgar cavalo ao meio
Porque cavalo e gaúcho
Desta pátria são esteioQuem sou eu sem meu cavalo?
O que será dele sem mim?
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capimQuem sou eu sem meu cavalo?
O que será dele sem mim?
Pois quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mimNunca se monta num potro
Sem antes amanunciá-lo
Parceiro a gente conquista
Não prende a força de piagoTem que respeitar o amigo
Que nos serve de regalo
Até nossa independência
Foi feita sobre o cavaloUm gaúcho sem cavalo
É um arreio sem estribo
É igual a um pajé solito
Sentindo a falta da triboÉ mutante sem destino
Que não acha lenitivo
É um ser sem ideal
Que não honra o chão nativoQuem sou eu sem meu cavalo?
O que será dele sem mim?
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capimQuem sou eu sem meu cavalo?
O que será dele sem mim?
Pois quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mimQuem sou eu sem meu cavalo?
O que será dele sem mim?
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capimQuem sou eu sem meu cavalo?
O que será dele sem mim?
Pois quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim
Composição: Chico Brasil / João Sampaio / Luiz Carlos Lanfredi / Odenir dos Santos.
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