Assim começa um surungo mesclando fumaça e poeira
Porta do quarto entupida e a mulherada em fileira
Branca, morena e mulata, casada, viúva e solteira
Loucas pra coçar o garrão num manquejar de vaneira(E nisso se ouve um grito: Indiada vocês me ouça)
(Dá uma folguita pros velhos e saiam de riba das moça)Feito de cinza e cupim o chão batido da sala
Piso bom igual aquele granfino nenhum iguala
Santuário da tradição da xucra raça baguala
Parede de pau-a-pique, quincha furada de balaE assim num torcer de queixo se guasqueia um contrapasso
Desses que torra a badana numa tarde de mormaço
E o chinaredo se gruda igual pepino no baraço
Vão empurrando as paletas e retovando o espinhaçoE quando o zóio da Lua vem me bombear nesse rancho
Na cordeona duas falas numa vaneira eu remancho
Raiz de cerne pampeano, o qual no tronco eu me arrancho
No lombo do verso xucro com capricho eu me esganchoÀ meia-noite uma polca das damas pra o arremate
Pra ver quem gosta de quem e o verso faz o combate
Depois vão lá pra cozinha pra descansar o alcatre
Pra comer feijão mexido e guerrudo com chá de mate

Composição: Gildinho / Tio Nanato.

Sobre o Autor

Thiago Rosa
Thiago Rosa

Meu Nome é Thiago Rosa tenho 35 anos, residente em Itapeva - MG Sul de Minas e sou criador do site Chemical Music. Nosso site é voltado para todas as coisas relacionadas à música.

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