Plantei fundas esperanças no meu canto
Pois cantar é terra fértil pra quem ama
E as tristezas são sementes não crescidas
Da tua partida que em meu rosto se derramaEstes meus versos andam tristes nos confins
Onde a saudade traz silêncios de tapera
Cevo meu mate nestas tardes de horas largas
Que são amargas quanto as noites de esperaEscuta minha prenda esta canção que fiz só pra ti
No universo nosso amor anda disperso
Buscando rimas pra estes versos que escrevi
Teus olhos meigos, do infinito pra onde foste
Rasgam o céu na escuridão dizendo a mim
Que tu me esperas pras eternas primaveras
De um novo mundo, cheio de paz e amor sem fimEm que outro mundo aquerenciou-se afinal?
Se o meu olhar encilha o flete e sai pra vê-la
Será nas águas mais profundas de algum mar?
Quem sabe o céu ganhou mais uma estrelaAinda ergo aquele rancho que sonhamos
As voltas fundas, no fundo de algum rincão
Pra que a saudade encontre abrigo quando chegue
Aonde o sonho se casou com a solidão
Composição: Daniel Sabani De Souza.
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