Quem diz que mulher não é valente?
Imperiana, presente
Eu sou raiz, filha desse chão
Resisto a qualquer opressãoSou a guardiã de nossa história
Sou eu, a tia, dona da memória
A negra realeza da serrinha
Mãe preta, do jongo, rainhaDe pé descalço, piso forte no terreiro
Abro a roda pra mironga de jongueiro
Evoco em versos Marias guerreiras
A heroica resistência nas trincheiras
Canto a bravura e a valentia
De mulheres que lutaram dia a diaVim mostrar o meu valor
Vovó ensinou, vovó contou
Tenho sangue de Dandara
A nobreza de Benguela
Sou alteza da favelaA luta não pode parar
Insistem; não vou me curvar
Eu quero a bem da verdade, a tal igualdade
Sonho meu, que o mundo tenha mais respeito
Sonho meu, fazer valer nossos direitos
Livres da mão do algoz
Ninguém vai calar nossa voz
Composição: Aluísio Machado / Beto BR / Lucas Donato / Luiz Henrique / Matheus Machado / Rafael Prates / Renan Diniz / Senna / Thiago Bahiano.
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