Voa liberdade!
Entra na roda sinhá
Meu povo quer igualdade, respeito
Essa luta é tanto sua quanto minha
Vai ter quizomba
No quilombo da RocinhaTire o preconceito do caminho
Que eu quero passar com minha cor
Plante flor sem ter espinhos
O ódio não flagela o amor
Senhor, a liberdade ainda não raiou
Quem deveria me chamar de irmão
Tem tanto desprezo na alma
Porque se somos iguais na raiz
Primatas na essência
Mas só a mim restou a cicatriz?Abre a porta da senzala ôôô
Me liberte das mazelas, ê favela
Bananas que a vida dá
A gente consome
Quando a fome apertar
Quero ver, quem não comeE quando a liberdade é lei
De congo à Chico-Rei
A negritude é ouro
É arte que enfrenta a chibata
Nos terreiros de Ciata
É mão no couro
O negro é forte feito baobá
Verdadeira fortaleza
Coisa de orixá
Ê crioulo
Erga essa cabeça, vai na fé
Ê crioula
Mostra que a nossa raça
Não é só samba no pé
Não, mil vezes, não replique a dor
Que o preconceito fere igual punhal
Quando atravessa nosso peito
Composição: Cláudio Russo / Diego Nicolau / Fadico / Kirrazinho / Ralf / Renato Galante.
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