Credo cruz!
Lá vem a Cobra Grande,
Lá vem a boiúna de prata,
A danada vem rente à beira do rio,
E o vento grita alto no meio da mata,
Credo cruz ! Cunhantã, te esconde,
Lá vem a Cobra Grande, ah, ah,
Faz depressa uma oração,
Pr'ela não te levar, ah,ah. A floresta tremeu quando ela saiu,
Quem estava lá perto de medo fugiu,
E a boiúna passou logo tão depressa,
Que somente um clarão foi que se viu. Cunhantã, te esconde,
Lá vem Cobra Grande, ah, ah,
Faz depressa uma oração,
Pr´'ela não te levar, ah, ah. A noiva cunhantã,
Está dormindo medrosa,
Agarrada com força,
No punho da rede,
E o luar faz mortalha em cima dela,
Pela fresta quebrada da janela.
Êh, Cobra Grande…
Lá vai ela !
Composição: Waldemar Henrique.
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