Eu a vejo todo dia
Quando o sol mal principia
A cidade a iluminarEu venho da boemia
E ela vai, quanta ironia
Para a escola trabalharLouco de amor no seu rastro
Vaga-lume atrás de um astro
Atrás dela eu tomo o tremE no trem das professoras
Em que outras vão, sedutoras
Eu não vejo mais ninguémEssa operária divina
Que lá no subúrbio ensina
As criancinhas a lerNaturalmente condena
Na sua vida serena
O meu modo de viverCondena porque não sabe
Que toda culpa lhe cabe
De eu viver ao Deus daráMenino querendo ser
Para com ela aprender
Novamente o be-a-bá
Composição: Benedito Lacerda / Jorge Faraj.
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